sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Desastre Nuclear de Chernobyl

O Desastre Nuclear de Chernobyl
31.12.2013
Marcus, Felipe Braga, Igor Silva, Caio e Amanda - 2º B


     O desastre de Chernobil (em ucraniano: Чорнобильська катастрофа, Chornobylska Katastrofa – Catástrofe de Chernobil; também conhecido como acidente de Chernobil) foi um acidente nuclear catastrófico que ocorreu em 26 de abril de 1986 na central eléctrica da Usina Nuclear de Chernobil (então na República Socialista Soviética Ucraniana), que estava sob a jurisdição direta das autoridades centrais da União Soviética. Uma explosão e um incêndio lançaram grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da URSS e da Europa ocidental. O desastre é o pior acidente nuclear da história em termos de custo e de mortes resultantes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7 (classificação máxima) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (sendo o outro o Acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, em 2011).[1] A batalha para conter a contaminação radioativa e evitar uma catástrofe maior envolveu mais de 500 mil trabalhadores e um custo estimado de 18 bilhões de rublos.[2] Durante o acidente em si, 31 pessoas morreram e longos efeitos a longo prazo, como câncer e deformidades ainda estão sendo contabilizados. O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortes causadas pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer de tireoide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente.[3] O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo. O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência A usina era composta por quatro reatores, cada um capaz de produzir um gigawatt de energia elétrica (3,2 gigawatts de energia térmica). Em conjunto, os quatro reatores produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente.
Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986 exclusivamente, aos operadores da usina segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator Os operadores violaram procedimentos, possivelmente porque eles ignoravam os defeitos de projeto do reator. É importante notar que os operadores desligaram muitos dos sistemas de proteção do reator, o que era proibido pelos guias técnicos publicados, a menos que houvesse mau funcionamento.
     Vila abandonada nos arredores do acidente. Dia 25 de abril de 1986, o reator da Unidade 4 estava programado para ser desligado para manutenção de rotina. Foi decidido usar esta oportunidade para testar a capacidade do gerador do reator para gerar energia suficiente para manter seus sistemas de segurança (em particular, as bombas de água) no caso de perda do suprimento externo de energia. Reatores como o de Chernobil têm um par de geradores diesel disponível como reserva, mas eles não são ativados instantaneamente – o reator é portanto usado para partir a turbina, a um certo ponto a turbina seria desconectada do reator e deixada a rodar sob a força de sua inércia rotacional, e o objetivo do teste era determinar se as turbinas, na sua fase de queda de rotação, poderiam alimentar as bombas enquanto o gerador estivesse partindo.
     À 1:23, o teste começou. A situação instável do reator não se refletia, de nenhuma maneira, no painel de controle, e não parece que algum dos operadores estivesse totalmente consciente do perigo. A energia para as bombas de água foi cortada, e como elas foram conduzidas pela inércia do gerador da turbina, o fluxo de água decresceu. A turbina foi desconectada do reator, aumentando o nível de vapor no núcleo do reator. À medida que o líquido resfriador aquecia, bolsas de vapor se formavam nas linhas de resfriamento. O projeto peculiar do reator moderado a grafite RBMK em Chernobil tem um grande coeficiente de vazio positivo, o que significa que a potência do reator aumenta rapidamente na ausência da absorção de nêutrons da água, e nesse caso a operação do reator torna-se progressivamente menos estável e mais perigosa.
     À 1:23, o teste começou. A situação instável do reator não se refletia, de nenhuma maneira, no painel de controle, e não parece que algum dos operadores estivesse totalmente consciente do perigo
     Por outro lado Anatoly Dyatlov, engenheiro chefe da usina Nuclear de Chernobil na época do acidente, escreveu em seu livro:
     Antes de 01:23, os sistemas do controle central... não registravam nenhuma mudança de parâmetros que pudessem justificar a parada total. A Comissão...juntou e analisou grande quantidade de material, e declarou em seu relatório que falhou em determinar a razão pela qual a parada total foi ordenada
     O reator simplesmente foi desligado após a conclusão do experimento.
     As partes ocas das hastes e o deslocamento temporário do resfriador a parada total provocou o aumento da velocidade da reação. O aumento de saída causou a deformação dos canais das hastes de controle. Após serem inseridas as hastes travaram sendo assim incapazes de conter a reação. Por volta de 1:23:47 a potencia do reator aumentou dez vezes a potencia normal de saída e assim as hastes de combustível começaram a derreter, causando uma grande explosão de vapor. Depois que o teto explodiu combinada com a temperatura extremamente alta do combustível do reator e do grafite moderador , produziu um incêndio da grafite. Esse incêndio acabou contribuindo para espalhar o material radioativo e contaminar as áreas vizinhas. Mas há alguma controvérsia sobre a sequencia eventos, é algumas vezes afirmado que a explosão ocorreu sete segundos após ordenar a parada total. De fato, um fraco evento foi registrado na área de Chernobyl a 1:23:39, este evento poderia ter sido causado pela explosão ou apenas um coincidência. O botão de parada foi pressionado mais de uma vez, e a pessoa que pressionou o botão morreu duas semanas depois envenenada pela radiação.
     26 de abril de 1986 - O acidente no reator 4 da Central Elétrica Nuclear de Chernobil aconteceu à noite, entre 25 e 26 de abril de 1986,uma explosão violenta, a cobertura de proteção de 1000 toneladas não resistiu. A temperatura de mais de 2000°C derreteu as hastes de controle. O grafite que cobria o reator incendiou-se e material radiativo começou a ser lançado na atmosfera. de 26 de abril até 4 de maio de 1986 - a maior parte da radiação foi emitida nos primeiros dez dias. Inicialmente houve predominância de ventos norte e noroeste. No final de abril o vento mudou para sul e sudeste. As chuvas locais frequentes fizeram com que a radiação fosse distribuída local e regionalmente.de 27 de abril a 5 de maio de 1986 - aproximadamente 1800 helicópteros jogaram cerca de 5000 toneladas de material extintor, como areia e chumbo, sobre o reator que ainda queimava.até 5 de maio 1986 - durante os 10 dias após o acidente, 130 mil pessoas foram evacuadas. 6 de maio de 1986 - cessou a emissão radioativa.Novembro de 1986 - o "sarcófago" que abriga o reator foi concluído. Ele destina-se a absorver a radiação e conter o combustível remanescente. Considerado uma medida provisória e construído para durar de 20 a 30 anos, seu maior problema é a falta de estabilidade, pois, como foi construído às pressas, há risco de ferrugem nas vigas. 1989 - o governo russo embargou a construção dos reatores 5 e 6 da usina. 12 de dezembro de 2000 - depois de várias negociações internacionais, a usina de Chernobil foi desativada.